Artigos acadêmicos, jornalísticos e outras publicações relevantes:

* Produto “Verde”: Análise à Luz da Teia das Estratégias do Ecodesign, artigo publicado pela Revista Eletrônica Polêmica do Laboratório de Estudos Contemporâneos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, decorrente da dissertação de Isabel Joselita Barbosa da Rocha Alves para o Mestrado em Recursos Naturais da Universidade Estadual da Paraíba.
* Análise de um Produto Concebido como Verde à Luz do Ecodesign Pilot, artigo publicado pela Revista Eletrônica Polêmica do Laboratório de Estudos Contemporâneos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, baseado na dissertação de Isabel Joselita Barbosa da Rocha Alves para o Mestrado em Recursos Naturais da Universidade Estadual da Paraíba.
* Editorial do Jornal do BrasilMedo de voar”, publicado em 09/05/2000 reitera as críticas de Reginaldo Marinho ao modelo brasileiro de desenvolvimento tecnológico publicadas na reportagem “Um inventor brasileiro para o mundo”, 07/05/2000, com destaque em chamada na na capa do jornal.
* O jornal Folha de São Paulo publicou o artigo “Invenção é coisa séria” da jornalista Eliane Cantanhêde, 14/05/2000.
* O portal do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, Confea, publica artigo “Inventor cria estrutura de plástico para garantir eficiência energética”.
* O portal do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, CAUBR, publicou o artigo “Inovação brasileira, estrutura de prisma triangular de plástico segue ignorada”. 17/08/2015
* A tecnologia Construcell foi publicada no livro The EcoDesign Handbook de Alastair Fuad-Luke, Thames&Hudson – London, 2000.
* Reginaldo Marinho foi incluído na lista de Grandes brasileiros elaborada pelo professor Moacyr Costa Ferreira da Universidade de Guaxupé, Minas Gerais. A lista contém os nomes de sessenta brasileiros que contribuíram para o avanço da Ciência e Tecnologia do Brasil.
* Reginaldo Marinho foi o único inventor citado na Comissão de Educação do Senado Federal, na sessão que aprovou o Dia do Inventor, para 12 de novembro.

Reflexão sobre um sistema que impede o progresso
A história do Construcell é um testemunho das dificuldades impostas por um sistema que muitas vezes sabota inovações capazes de transformar a sociedade brasileira. Criado para resolver o déficit de armazenagem de grãos no Brasil, que em 1998 era de 15 milhões de toneladas e hoje já alcança 125 milhões de toneladas, o Construcell é mais do que uma tecnologia — é uma solução que foi sistematicamente ignorada.

Em 2023, o déficit de armazenagem causou um prejuízo de R$ 30,5 bilhões à agricultura brasileira. Essa perda poderia ter sido evitada, mas enfrentamos barreiras institucionais que sufocam o desenvolvimento de soluções criativas e sustentáveis. _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Origem do Construcell

O Construcell foi projetado com o objetivo de transformar o cenário da armazenagem no Brasil. Desde o início, sua proposta era inovadora: reaproveitar garrafas PET, um dos maiores vilões ambientais, para construir estruturas sustentáveis, resistentes e acessíveis.

Em janeiro de 1999, apresentei o Construcell ao ministro da Agricultura, acompanhado do secretário de Agricultura do Distrito Federal Aguinaldo Lelis. Já havia um parecer técnico favorável, naquele ministério para a construção de um protótipo de Construcell, mas o processo desapareceu misteriosamente dos arquivos. Este foi apenas o primeiro de muitos obstáculos enfrentados. _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ As oportunidades perdidas

Enquanto o mundo aguardava ansiosamente a chegada do novo milênio, ministrei seminários sobre o Construcell em diferentes programas de pós-graduação na Universidade de Brasília e em congressos nacionais. Em 1999, com a participação brasileira na EXPO 2000 em Hannover, vislumbrei a chance de apresentar nossa tecnologia ao mundo.

Procurei o Ministério do Turismo, mas fui ignorado. O arquiteto Mauro Magnabosco, assessor especial do ministro, prometeu me contatar após uma visita a Hannover. Nunca recebi retorno. Assim, o Brasil perdeu a oportunidade de se destacar com uma inovação pioneira, como o Crystal Palace representou para a Inglaterra em 1851, na primeira Exposição Universal do mundo.

Outra oportunidade perdida ocorreu na Paraíba, quando, em uma conversa com o governador José Maranhão, destaquei o potencial do Construcell para elevar o estado ao topo da inovação global.
Solicitei uma audiência e, mais uma vez, não fui atendido.
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ A relevância global do Construcell

Apesar das barreiras, acredito firmemente na capacidade transformadora do Construcell. Essa tecnologia pode:
1. Reaproveitar garrafas PET, reduzindo danos ambientais e transformando resíduos em construções sustentáveis.
2. Construir abrigos emergenciais em alta velocidade para desastres naturais e crises humanitárias.
3. Resistir a ventos fortes e terremotos, sendo ideal para zonas de risco.
4. Empregar mão-de-obra com treinamento mínimo, devido à simplicidade de montagem com parafusos.
5. Ter aplicações universais, desde armazenagem de grãos até ginásios esportivos e estufas para produção agrícola.
6. Evitar prejuízos bilionários, como os observados no setor agrícola brasileiro.
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Um apelo à ação

Mesmo após 25 anos de boicotes, sabotagens e promessas não cumpridas, o Construcell permanece à frente de seu tempo. Ele não é apenas uma tecnologia brasileira; é uma contribuição potencial para resolver problemas globais.

Convido todos os leitores, instituições e líderes a refletirem sobre a necessidade de romper com sistemas que impedem o progresso e a abraçar inovações que podem transformar vidas e proteger o meio ambiente. O Brasil ainda pode assumir um papel de destaque no cenário mundial — basta acreditarmos e agirmos.

Em 09/05/2000, o Jornal do Brasil publicou o editorial “Medo de voar” analisando e endossando as críticas ao “modelo de desenvolvimento” vigente no Brasil que sabota as tecnologias nacionais, que apresentei na reportagem “Um inventor brasileiro para o mundo” publicada no domingo anterior no mesmo veículo. O que foi escrito há quase vinte e cinco anos continua absolutamente atual. Temos a necessidade urgente de mudar essa atitude nefasta contra a própria Nação. Veja acima as publicação da transcrição do editorial “Medo de voar” e da reportagem “Um inventor brasileiro para o mundo”. Junto a cada publicação eu adiciono o link da hemeroteca digital da Biblioteca Nacional contendo o respectivo conteúdo.

Infelizmente, quando estava em Genebra, eu fiz a escolha errada e preferi ir para a Itália, mas quando fiz os contatos com os empresários, sempre após muitas reuniões, eles diziam mais ou menos assim: “Você não teve apoio de seu país, dê isso para nós, que desenvolveremos aqui.” Após muitas tentativas, revoltado, voltei para o Brasil para tentar mudar esse jogo perverso. Escrevi muitos artigos denunciando esse cenário maléfico, alguns deles para o Jornal da Ciência, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC e nada mudou. Tentarei encontrar algum, que certamente continua atual e publicarei aqui.

Após 25 anos, vejo que perdi o jogo, mas eu não gostaria de ser quem me derrotou. Foi um jogo sujo. Quero jogar uma nova partida, com outro time. Para mudar o Brasil precisamos de um esforço coletivo. Todos juntos.